Maria José Morgado lembrou ontem o combate da justiça italiana contra a máfia para provar que a “criminalidade grave não é invencível”.
Apesar de o juiz que acabou com a Cosa Nostra siciliana – Giovanni Falconne – ter sido assassinado, a procuradora lembrou a metodologia a que o magistrado italiano recorreu para eliminar a máfia. “Apontou ao núcleo económico das organizações de forma a que as suas actividades deixassem de ser rentáveis. É isso que deve ser feito em Portugal”, disse Maria José Morgado ao CM depois de participar, em Constância, no Congresso de Cidadania, que contou também com a participação de Laborinho Lúcio, ex-ministro da Justiça, Marques Vidal, ex-director nacional da PJ, e do constitucionalista Gomes Canotilho.
Morgado defendeu ainda que em Portugal os magistrados têm de trabalhar mais do “que das nove às cinco” e sublinhou que a luta contra as redes de corrupção só se tornará mais eficaz através da investigação ao branqueamento de capitais.
E para haver uma “repressão eficaz com efeitos dissuasores” dos criminosos, a procuradora-geral adjunta falou em legislação que inclua regras de controlo da riqueza pessoal e mais facilidade no acesso aos documentos da Administração Pública.
DISCURSO DIRECTO
"A corrupção está para a democracia como a gripe está para o seu humano. Corremos todos esse risco e não há protecção a 100 por cento."
"As práticas corruptivas têm efeito boomerang: aumentam os níveis de pobreza, afastam o investimento e diminuem a competetividade." Maria José Morgado
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