Calma ruidosa
Depois do período unitário de contestação social na (in)justiça que concentrou os vários organismos desta, parece primar uma calmia ruídosa.
Calma, porque amainou o índice de notícias que os media dedicavam à justiça.
Calma, no esforço de desinformação movido por este Governo contra os trabalhadores da (in)justiça, mormente Magistrados e Oficiais de Justiça.
Calma, na servidão que a comunicação social prestou ao actual executivo, minorizando as verdadeiras reinvidicações dos trabalhadores do sector, dando ênfase aos - supostos - privilégios engendrados pelo Governo.
Agora, depois da greve, não tenho ilusões, mas acredito que um dia haverá justiça para os operadores dos Tribunais.
O Governo não cederá, a prepotência impede-os (e sabe-se lá mais o quê!?).
Nesta luta, o Governo ganhou terreno, em grande parte, graças ao apoio da comunicação social que desprezou as razões da luta, ampliando a ideia da convergência das regalias com o "povo".
A opinião pública, enganada, uniu-se ao Governo e levantou voz, dizendo os Magistrados são uns "privilegiados" ou in extremis "terroristas" e a culpa das finanças, da economia, da justiça, etc... é deles. Serviu para tudo.
Apesar do meu silêncio, a minha consciência revoltada, ira ruidosamente, principalmente pela política de mentiras exarcebadas pelo Governo.
Não tenho palavras para definir este Governo, este Ministério da Justiça, este PM e este Ministro da Justiça, pelo menos que possam ser proferidas ou escritas. Não quero ferir susceptibilidades, nem perder a razão. Não quero falar de moral.
Não sou como eles. Felizmente, tenho dignidade e olho a meios para atingir os fins.
Uma coisa é certa, nada será como antes.
O cumprimento rigoroso do horário de serviço legalmente exigido é já uma vasta realidade, e a curto prazo os efeitos serão sentidos. Infelizmente, o utente da justiça é que vai pagar um preço alto. Serão meses os anos de prologamento em milhares de processos.
A culpa do que se passou e mais gravosamente irápassar tem um rosto, o rosto do (des)Governo. Cidadão, agradeça-lhes.
Actualmente, cumpro rigorosamente o horário e com espírito de dever realizado.
Certamente, ganharei anos de vida e os "cabelinhos" brancos abrandarão.
Tenho 28 anos e só me apareceram cabelos brancos após o meu ingresso nos Tribunais. Vá-se lá seber porquê? Uma coisa é certa foram muitas horas nocturnas e de fim-de-semana. Para mim acabou-se a figura do "burro" (salvo seja) de carga.
Muito mais haveria para dizer, mas tou cansado.
Depois de mais um dia de trabalho como Oficial de Justiça, mais uma noite de "estudos", 2 horas de Direito das Obrigações e 2 horas de Direito Processual Civil. É o dia-a-dia de um trabalhador estudante.
É tempo de reflexão, mas também de luta diária.
Depois do período unitário de contestação social na (in)justiça que concentrou os vários organismos desta, parece primar uma calmia ruídosa.
Calma, porque amainou o índice de notícias que os media dedicavam à justiça.
Calma, no esforço de desinformação movido por este Governo contra os trabalhadores da (in)justiça, mormente Magistrados e Oficiais de Justiça.
Calma, na servidão que a comunicação social prestou ao actual executivo, minorizando as verdadeiras reinvidicações dos trabalhadores do sector, dando ênfase aos - supostos - privilégios engendrados pelo Governo.
Agora, depois da greve, não tenho ilusões, mas acredito que um dia haverá justiça para os operadores dos Tribunais.
O Governo não cederá, a prepotência impede-os (e sabe-se lá mais o quê!?).
Nesta luta, o Governo ganhou terreno, em grande parte, graças ao apoio da comunicação social que desprezou as razões da luta, ampliando a ideia da convergência das regalias com o "povo".
A opinião pública, enganada, uniu-se ao Governo e levantou voz, dizendo os Magistrados são uns "privilegiados" ou in extremis "terroristas" e a culpa das finanças, da economia, da justiça, etc... é deles. Serviu para tudo.
Apesar do meu silêncio, a minha consciência revoltada, ira ruidosamente, principalmente pela política de mentiras exarcebadas pelo Governo.
Não tenho palavras para definir este Governo, este Ministério da Justiça, este PM e este Ministro da Justiça, pelo menos que possam ser proferidas ou escritas. Não quero ferir susceptibilidades, nem perder a razão. Não quero falar de moral.
Não sou como eles. Felizmente, tenho dignidade e olho a meios para atingir os fins.
Uma coisa é certa, nada será como antes.
O cumprimento rigoroso do horário de serviço legalmente exigido é já uma vasta realidade, e a curto prazo os efeitos serão sentidos. Infelizmente, o utente da justiça é que vai pagar um preço alto. Serão meses os anos de prologamento em milhares de processos.
A culpa do que se passou e mais gravosamente irápassar tem um rosto, o rosto do (des)Governo. Cidadão, agradeça-lhes.
Actualmente, cumpro rigorosamente o horário e com espírito de dever realizado.
Certamente, ganharei anos de vida e os "cabelinhos" brancos abrandarão.
Tenho 28 anos e só me apareceram cabelos brancos após o meu ingresso nos Tribunais. Vá-se lá seber porquê? Uma coisa é certa foram muitas horas nocturnas e de fim-de-semana. Para mim acabou-se a figura do "burro" (salvo seja) de carga.
Muito mais haveria para dizer, mas tou cansado.
Depois de mais um dia de trabalho como Oficial de Justiça, mais uma noite de "estudos", 2 horas de Direito das Obrigações e 2 horas de Direito Processual Civil. É o dia-a-dia de um trabalhador estudante.
É tempo de reflexão, mas também de luta diária.
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