Absolvido. Um caso arrumado. Outros virão, que a rede pedófila de controlo do Estado não perdoa.
Neste processo estava acusado do crime de desobediência simples. No final do julgamento, o Ministério Público pediu a minha condenação a uma pena de multa. A defesa, brilhantemente apresentada pelo advogado José Maria Martins, pediu a minha absolvição.Hoje, à tarde, de pé, lá estive na posição Do Portugal Profundo: réu. O réu que ouve a sentença formal de um processo ultrajante. O motivo: a alegação de que, ao ter publicado peças do processo da Casa Pia, teria desobedecido a um despacho inscrito nesse processo. Um despacho que eu não conhecia, não me foi facultado durante o processo porque estava em segredo de justiça, e que só hoje, no dia da sentença, ouvi.
Num processo de perseguição política, um homem está só. Mas, neste caso, além da família - atingida pela intimidação (a ma minha mulher e os meus filhos- tive a blogosfera descomprometida comigo e muitos amigos de espinha direita que testemunharam, escreveram e falaram do abuso do poder.
Absolvido, então. Salomonicamente.
Sem descanso, mantém-se a luta: verdade, dignidade do Estado, autonomia do poder judicial face ao poder político, liberdade, democracia directa. A IV República.
Por António Balbino Caldeira, in Do Portugal Profundo
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