Excerto vídeo do discurso do Presidente do STJ (link).
O presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Nunes da Cruz, negou hoje ter sido "incorrecto" com o Governo, no discurso na sessão de abertura do VII Congresso dos Juízes Portugueses, no Algarve. É a resposta às críticas do PS, depois do magistrado ter afirmado que o Executivo mentiu.
"Não houve incorrecção da minha parte. Não disse nada que pudesse ofender o Governo", disse Nunes da Cruz aos jornalistas. O presidente do STJ reagia às declarações do porta-voz do PS para as questões de justiça, Vitalino Canas, que classificou o discurso de Nunes da Cruz como "crispado". "O discurso, que revelou uma opinião muito crispada, não ajuda muito a resolver os problemas da justiça, e penso até que, como titular de um órgão de soberania, não contribui nem se insere em boas regas de relacionamento institucional entre órgãos de soberania", comentou Vitalino Canas. Na abertura do VII Congresso dos Juízes Portugueses, no Algarve, Nunes da Cruz considerou que o Governo disse mentiras acerca dos magistrados, quando é "obrigação" do poder politico prestigiar e dar os meios à magistratura. Confrontado com o comentário do porta-voz do PS para a Justiça, o presidente do STJ disse ter-se limitado a "pedir respeito para com os juízes, que devem ser tratados como órgão de soberania e não como meio órgão de soberania e meio funcionários (públicos)". "Houve coisas que o Governo quis transpor para a opinião pública que, em meu entender, não corresponderam à realidade", frisou.
"Não houve incorrecção da minha parte. Não disse nada que pudesse ofender o Governo", disse Nunes da Cruz aos jornalistas. O presidente do STJ reagia às declarações do porta-voz do PS para as questões de justiça, Vitalino Canas, que classificou o discurso de Nunes da Cruz como "crispado". "O discurso, que revelou uma opinião muito crispada, não ajuda muito a resolver os problemas da justiça, e penso até que, como titular de um órgão de soberania, não contribui nem se insere em boas regas de relacionamento institucional entre órgãos de soberania", comentou Vitalino Canas. Na abertura do VII Congresso dos Juízes Portugueses, no Algarve, Nunes da Cruz considerou que o Governo disse mentiras acerca dos magistrados, quando é "obrigação" do poder politico prestigiar e dar os meios à magistratura. Confrontado com o comentário do porta-voz do PS para a Justiça, o presidente do STJ disse ter-se limitado a "pedir respeito para com os juízes, que devem ser tratados como órgão de soberania e não como meio órgão de soberania e meio funcionários (públicos)". "Houve coisas que o Governo quis transpor para a opinião pública que, em meu entender, não corresponderam à realidade", frisou.
"Vitalino Canas não ouviu o discurso do Presidente"
O presidente do STJ mostrou-se surpreendido com a reacção do dirigente socialista, tanto mais que o próprio Presidente da República, no seu discurso na cerimónia de abertura do congresso, mostrou compreensão pela causa dos juízes. Na sua opinião, as próprias palavras do chefe de Estado sobre a situação na área da justiça "são a prova provada" que ele "não disse nada" que pudesse "ofender" o executivo. Reagindo também ao comentário de Vitalino Canas, o presidente do sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), António Cluny, disse que aquele responsável do PS "deveria ter ouvido com atenção o discurso do Presidente da República". "Vitalino Canas não ouviu o discurso do Presidente da República e não terá seguido os ensinamentos e recomendações que este fez", afirmou à agência Lusa.
Fonte: SIC
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