O primeiro-ministro refutou a acusação feita nos últimos dias ao Governo de ter voltado atrás nas suas promessas ao anunciar a introdução de portagens em três das sete auto-estradas sem custos para o utilizador (SCUT) actualmente existentes, noticia a agência Lusa.
Ao intervir em Mangualde, durante um jantar/comício no âmbito da sua recandidatura a secretário-geral do PS, José Sócrates frisou que sempre foi coerente em relação à questão das SCUT.
Garantiu que «sempre disse» e que «está no programa do Governo», que as SCUT se mantêm enquanto as regiões atravessadas tiverem níveis de desenvolvimento muito abaixo da média nacional e enquanto não houver alternativas àquelas vias.
O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações anunciou esta semana a introdução de portagens nas SCUTS Norte Litoral (com excepção do eixo Minho/Lima), Grande Porto e Costa de Prata, por as regiões atravessadas cumprirem os critérios definidos pelo Governo para a introdução do princípio utilizador/ pagador, o que gerou várias críticas da oposição e de autarcas.
«Tenho visto nos últimos dias uma grande campanha que é uma enorme mistificação», lamentou José Sócrates. Dirigindo-se a todos aqueles que têm acusado o Governo de, com este anúncio, estar a desrespeitar o seu programa, o primeiro-ministro frisou que, «por mais que se repita esta mentira, ela não se transforma numa verdade».
«Sempre foram estes os critérios para a manutenção das SCUT. Foi por isso que o Governo mandou fazer um estudo», justificou, acrescentando que ele mostrou, «com clareza, que essas razões são válidas para todas as SCUT com excepção de três».
José Sócrates assegura que foi no âmbito do cumprimento do programa do Governo que decidiu «manter as SCUT onde elas são necessárias ao desenvolvimento» e acabar com elas e introduzir portagens onde já não fazem falta.
«O que se chama a isto é governar com sentido de justiça e de equidade», sublinhou.
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