Os presidentes da junta de freguesia de Amares estão a ser chamados para a causa dos advogados e outros agentes judiciais do concelho que lutam contra o previsto encerramento do tribunal local. Os 24 autarcas têm recebido cartas de apelo para a adesão à causa, subscrita pelo presidente da junta de Caldelas.
"Tribunal de Amares, que futuro?" é o título da introdução da carta-apelo, na qual Carlos Alberto Gama começa por lembrar "o tempo em que os cidadãos de Amares, para tratar de questões de justiça, tinham que se deslocar ao concelho vizinho". Depois, assinala "os sacrifícios e lutas" para assegurar a vinda da comarca para Amares e a luta "mais recente" para a construção do Palácio da Justiça.
"Queremos continuar a estar próximos da justiça" e "queremos que a justiça esteja perto de nós" são duas frases com plano de destaque na carta enviada aos colegas presidente de junta, seguidas de outras frases mais contundentes, tais como "não podemos aceitar que nos retirem a dignidade que os nossos antepassados valorosamente conquistaram" ou "não podemos aceitar que nos obriguem a tratar os nossos problemas em terras alheias, quando temos condições para os tratar no nosso concelho".
No entanto, a câmara de Amares tem uma posição diferente sobre esta questão, já que, depois de ter encetado contactos oficiais com a secretaria de estado da Justiça, José Barbosa está convencido que "não vão encerrar o tribunal de Amares". O autarca baseia-se na resposta dada pelo secretário de Estado "o programa do Governo prevê uma gestão racional do sistema judicial", e está, neste momento, "a avaliar a organização territorial, não se prevendo o encerramento de tribunais, nomeadamente o de Amares".
In JN
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