Um dos principais elementos do departamento de combate à corrupção da PJ (Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira - DCICEF) entrou em ruptura directa com a Direcção e vai ser transferido para a Directoria de Lisboa, soube o JN.
A decisão foi tomada depois de ter mostrado a sua discordância ao director da DCICEF, Mouraz Lopes, quanto à reestruturação que está a ser levada a cabo naquela direcção central, justificada para atingir uma maior eficácia.
O investigador em causa, um inspector-chefe, tinha em mãos processos como o da "Herdade da Vargem Fresca", ou dos "sobreiros", como também ficou conhecido, em que surgem como arguidos elementos do Grupo Espírito Santo e do CDS/PP, mas logo em Dezembro mostrou o seu desagrado quanto às alterações que a DCICEF iria sofrer. Tal como o JN na altura noticiou, as alterações anunciadas de concentração levantaram polémica interna, mas o ambiente foi apaziguado num compromisso de a situação ser clarificada em Janeiro. Na última quarta-feira, Mouraz Lopes reuniu com os inspectores-chefes para esclarecer a questão da reestruturação e o investigador em causa mostrou a sua discordância relativamente ao projecto e anunciou a sua vontade de deixar a DCICEF.
Na mesma reunião, um outro inspector-chefe - desta feita ligado à investigação de procesos de ilegalidades nas autarquias - pôs, pelas mesmas razões, o seu lugar à disposição, mas foi mantido. O outro investigador formalizou, no entanto, na quinta-feira, o seu pedido de transferência para outra direcção central e, à noite, já se sabia que o pedido tinha sido aceite.Ontem de manhã, o inspector-chefe foi notificado da transferência para a Directoria de Lisboa, onde vai apresentar-se na segunda-feira de manhã.
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