Problemas informáticos estão a afectar o funcionamento de diversos serviços do Ministério da Justiça, em parte do distrito de Leiria e no norte do de Santarém, desde o final do dia de quarta-feira. Os tribunais são os mais prejudicados, embora as dificuldades de acesso às bases de dados e à internet causem também alguns transtornos na Polícia Judiciária, nos estabelecimentos prisionais e nas delegações do Instituto de Reinserção Social.
"A situação é muito grave", confessou, ontem, ao final do dia, o secretário do Tribunal de Leiria. A suspensão total do serviço afecta a quase globalidade do funcionamento daquele órgão. "Há pagamentos e registos criminais que não podem ser efectuados, por exemplo", exemplifica Armando Meneses, acrescentando que "o cumprimento dos processos está a ser afectado, uma vez que não podem ser feitas notificações".
Fonte do Estabelecimento Prisional Regional de Leiria confirma os problemas informáticos, explicando que, apesar de tudo, os serviços têm sido perturbados. "Os processos estão informatizados e é preciso lançar diariamente informações. É preciso também fazer a contabilidade dos reclusos, mas se o problema for resolvido nas próximas horas, as complicações serão mínimas", refere a mesma fonte.
Pequeno transtorno na PJ
Ao final do dia, o coordenador da Polícia Judiciária de Leiria afirmava que os técnicos se encontravam no edifício da PJ para resolver a questão. Carlos Gomes admitiu pequenos transtornos, mas adiantou existirem "mecanismos de substituição". Por exemplo, "informações necessárias são pedidas através de telefone", concretizou, garantindo que "a Polícia não pára por causa de um sistema informático".
Em comunicado, o Instituto de Tecnologias de Informação na Justiça, esclareceu ter sido detectada "uma falha técnica no nó da rede de comunicações da região de Leiria". A anomalia foi comunicada à Portugal Telecom, que fornece o serviço, estando prevista a normalização "para breve".
In JN
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