A Associação Sindical dos Juízes insiste na extinção das férias judiciais para que os tribunais funcionem no mesmo registo que outros serviços públicos. O cumprimento rigoroso das horas de trabalho está a atrasar a justiça. Há julgamentos marcados para 2007 mas, em contrapartida, os juízes dizem que passaram a ter vida pessoal.
Adelina Duarte veste a beca para o primeiro de três julgamentos do dia. Às 10h00 junta-se aos dois juízes que vão julgar um caso de assalto à mão armada. Chegou às 8h30, depois de levar os filhos à escola. Os três juízes são um exemplo do que se está a passar noutros tribunais do país. Na sala de audiência ou nos gabinetes a deliberar trabalha-se a tempo inteiro. A partir das 17h00, fecha-se o expediente ao público. Nos gabinetes, o trabalho vai agora, quando muito, até ao final da tarde. O que faziam depois das 20h00 e pela noite dentro, passaram a fazer num horário "mais humano". Os juízes estão ressentidos com o ministro mas também com alguns cidadãos. Consideram que alguns portugueses perderam o medo do juiz e têm culpado frontalmente os juízes pela morosidade na Justiça.
A guerra já está a provocar danos. As agendas de 2007 começam a ser utilizadas antes de tempo. Há julgamentos marcados para o próximo ano mas, em contrapartida, os juízes dizem que passaram a ter vida pessoal.
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