Manuel Ferreira já não vai voltar a pagar do seu bolso a conta da electricidade do Tribunal de Trabalho de Gondomar, local onde exerce as funções de secretário judicial. Isto porque, ontem, o Ministério da Justiça (MJ) decidiu “libertar” os tribunais da “responsabilidade do pagamento de despesas correntes”.

“As facturas das contas da água, luz, electricidade e limpeza irão ser liquidadas pelo Instituto de Gestão Financeira e Patrimonial da Justiça”, assegurou ao CM o assessor de Imprensa do MJ, Ricardo Pires.Em comunicado, o MJ refere, também, que o facto de as secretarias judiciais deixarem de pagar as despesas correntes irá permitir “uma gestão mais eficaz dos 71 milhões de euros dedicados ao orçamento para os tribunais nacionais”.
“Estou satisfeito com a decisão do Ministério da Justiça”, disse Manuel Ferreira ao CM, frisando que, até ontem, não tinha recebido qualquer agradecimento do ministro Alberto Costa: “Não recebi, nem espero receber. O que fiz está enquadrado no meu procedimento normal como cidadão e funcionário judicial.”
O MJ agendou, ainda, para o dia 8 de Fevereiro, em Coimbra, o primeiro encontro dos secretários dos tribunais portugueses.
Ricardo Pires assegurou ao CM que tal encontro não pode ser relacionado com o facto de, na quinta-feira, Manuel Ferreira ter evitado o fecho do Tribunal de Trabalho de Gondomar, ao pagar a conta (cerca de 300 euros) da electricidade. “O encontro de secretários judiciais foi marcado em meados de Janeiro”, garantiu.
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