O promotor público ligado á àrea de direito de consumo no Rio de Janeiro quer saber se os consumidores têm garantido o preço justo e quer esclarecimentos sobre a parceria entre a CBF e a Planeta Brasil; o dono da agência chegou a ter problemas na justiça, ligados à venda de bilhetes para o França'98

A agência Planeta Brasil, a quem a CBF entregou a exclusividade de negociar os ingressos do Mundial da Alemanha no país vai estar sob inquérito a pedido do promotor Rodrigo Terra, responsável pela área do Direito do Consumidor no estado do Rio de Janeiro, que questiona o monopólio. Responsável, entre outros grandes processos, pela acção que afastou, por enquanto, o presidente Eduardo Viana da Federação do Rio de Janeiro, o promotor encaminhou à CBF e à agência - do mesmo empresário da extinta SBTR, referenciada no Mundial de 1998, quando mais de mil adeptos brasileiros ficaram de fora da final apesar de terem pago os ingressos - uma série de perguntas que devem ser respondidas em dez dias. A esclarecer, segundo Terra, os critérios que levaram a entidade presidida por Ricardo Teixeira a escolher a Planeta Brasil, quantos ingressos podem ser negociados pela agência e qual o valor do acordo comercial entre ambas. Em declarações à "Folha de São Paulo", o promotor admitiu que o que está em causa é "garantir que o consumidor exerça o direito de pagar o preço justo pelo ingresso e pelo pacote". A assessoria da empresa informou que o acordo com a CBF para o Mundial da Alemanha garante à Planeta terra parte dos ingressos que são reservados a cada federação nacional, no caso do Brasil cerca de oito por cento da lotação de cada estádio.

O caso está a despertar interesse devido ao historial do empresário que detém a agência e que está associado a problemas sentido por torcedores brasileiros em anteriores Mundiais e dificuldades comerciais provocadas a várias agências, que no França 98 só viram os seus acordos de repasse de ingressos para os jogos cumpridos até às oitavas-de-final do torneio.

In O Jogo

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