Cinco elementos de um dos gangues mais referenciados do Vale do Sousa, conhecido por grupo dos "Ninjas", regressaram, anteontem, à cadeia de Custóias, para completarem as penas de prisão, algumas delas já agravadas pelo Tribunal da Relação e confirmadas, agora, pelo Tribunal Constitucional. Os indivíduos encontravam-se em liberdade, esgotado o prazo de prisão preventiva.

Tal como o JN noticiou ontem, as detenções foram feitas pelo Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR de Felgueiras, por ordem do Tribunal de Paços de Ferreira, nas residências dos condenados - Felgueiras, Lousada, Penafiel (dois) e Paredes. Os indivíduos, entre os 20 e os 30 anos, foram presentes ao juiz, para tomarem conhecimento da decisão.

Os cinco homens, em 2003, foram condenados, em julgamento realizado nas instalações da cadeia de Paços de Ferreira, em prisão preventiva. Ao todo, eram 20 os acusados. Entre estes, 17 foram condenados, mas só a oito é que foram sentenciadas prisões efectivas. Três deles já cumpriram pena, dado o tempo de prisão de preventiva.

O grupo assegurava a segurança de bares e discotecas do Vale de Sousa. Os seus líderes foram condenados, em primeira instância, a penas que vão dos seis anos e meio aos nove anos. O Ministério Público, no julgamento, retirou a acusação mais grave - de organização terrorista -, mas prevaleceu, porém, a acusação de associação criminosa sobre cinco arguidos. Ficaram provados actos de agressão para persuadir proprietários de bares de alterne a contratarem os seus serviços de segurança, mas só ficou provada uma parte das várias dezenas de relatos de violência. Os arguidos com participação esporádica nos crimes foram condenados a penas suspensas, mediante o cumprimento de 200 horas de trabalho social.
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