Apenas um dos 115 funcionários da Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF) da Polícia Judiciária (PJ) não aderiu à greve convocada para hoje, de acordo com os números apresentados por um responsável sindical.
Esta é a segunda vez que os funcionários desta direcção da PJ paralisam este ano (a primeira foi a 1 de Fevereiro), em resposta a uma acção de protesto convocada pela Associação Sindical dos Funcionários Judiciais (Asfic).
A acção de protesto consiste na realização de greves sectoriais entre Março e Abril e visa reivindicar melhores condições salariais, sociais e de trabalho.
O presidente da Asfic, Carlos Anjos, disse à Lusa que a greve de hoje "está a correr bem", recordando que a paralisação realizada há um mês registou uma adesão de cem por cento.
"Nenhum acto processual será praticado e nenhuma diligência de investigação será realizada" hoje, disse Carlos Anjos.
Entre os actos processuais contam-se as inquirições a testemunhas (normalmente entre 30 a 40 por dia), os interrogatórios a arguidos (normalmente uma dezena) bem como as idas a tribunal (também cerca de dez), explicou o presidente da Asfic.
As diligências de investigação são, por exemplo, o controlo de escutas telefónicas, buscas e acções de vigilância.
Segundo a Asfic, nos últimos meses saíram da PJ mais de 200 pessoas e o pessoal de investigação criminal está, neste momento, reduzido a cerca de 1200 elementos, o que preenche apenas 40 por cento das vagas do quadro da Judiciária.
Na véspera da primeira greve, o ministro da Justiça, Alberto Costa, considerou que o protesto, "do ponto de vista do Governo, não tem justificação", mas adiantou que o Executivo "reconhece os direitos dos trabalhadores" e "não discute a legitimidade" da acção.
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