A Federação Nacional da Função Pública acusou hoje o Governo de pretender encerrar vários serviços da justiça, como prisões regionais, centros educativos e equipas de reinserção social, afectando 2500 trabalhadores. In Público Na TV:
Estes rumores estão a preocupar os funcionários públicos e, segundo a Federação Nacional da Função Pública, "mais não visam que atirar para a mão de interesses privados mais serviços públicos essenciais, tal como aconteceu com a privatização dos notários".
De acordo com dados oficiais de Janeiro deste ano, a taxa de ocupação global nas prisões é de 103 por cento: nos estabelecimentos prisionais centrais a taxa é de 102,4 por cento, nos especiais 98,8 por cento e nos regionais 117,8 por cento.
"A conclusão lógica - perante estes dados - seria aumentar a nossa capacidade reclusiva e melhorar as condições das prisões", afirmou o sindicalista, criticando "o encerramento de 23 estabelecimentos prisionais regionais", de Norte a Sul do país, que empregam 230 trabalhadores civis e 1250 guardas-prisionais.
"Não foi afastada a hipótese de uma privatização dos estabelecimentos prisionais"
Paulo Taborda lembrou o programa do Executivo socialista, referindo que "não foi afastada a hipótese de uma privatização dos estabelecimentos prisionais".
A Federação Nacional da Função Pública afirma também que tem sido "transmitido oficiosamente aos funcionários" o encerramento de quatro centros educativos do Instituto de Reinserção Social (IRS) - em Castelo Branco, Elvas, Guarda e Viseu.
Estes centros têm uma taxa de ocupação que varia entre os 85 e os 92,5 por cento, estando em causa a extinção de 220 postos de trabalho.
"O que se pretende é que esta actividade passe a ser exclusivamente prestada por privados, com os tristes resultados que têm tido", considera igualmente aquela federação.
Governo pretende "extinguir cerca de 40 equipas do IRS"
A Federação Nacional da Função Pública alertou para o facto de o Governo pretender "extinguir cerca de 40 equipas do IRS", num total de 400 funcionários.
A estrututa sindical queixa-se também da não-integração nos quadros da Direcção-Geral de Registos e Notariado dos trabalhadores das Lojas do Cidadão e dos funcionários da Direcção de Serviços de Identificação Civil (DSIC) na carreira dos registos e do notariado, uma promessa do Governo socialista de António Guterres (2001).
"O secretário de Estado da Justiça informou-nos que iria ser extinta a DSIC", afirmou Paulo Taborda, referindo que em Maio do ano passado a federação solicitou uma audiência com o ministro da Justiça, Alberto Costa, sendo que não recebeu resposta.
Perante esta situação, a Federação Nacional da Função Pública considera ainda "inevitável que a curto prazo diversas acções de luta venham a ser empreendidas", mas não adianta quais.
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