O general croata Ante Gotovina, um dos presumíveis criminosos de guerra mais procurados, foi detido durante a noite de quarta para quinta-feira nas ilhas Canárias, anunciou hoje em Belgrado o Tribunal Penal Internacional para a ex- Jugoslávia.
A detenção foi anunciada à imprensa pela promotora pública Carla del Ponte, que acrescentou que o general será levado para Haia, sede do Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia.
Carla del Ponte agradeceu a colaboração das autoridades espanholas e disse ainda esperar que sejam também capturados outros criminosos de guerra que se encontram fugidos à justiça, como os ex-líderes sérvios Radovan Karadzic e Ratko Mladic.
Também o secretário-geral da NATO, Jaap de Hoop Scheffer, saudou a prisão do foragido, considerando-a «uma boa notícia para a Croácia e para o mundo», mas comentou que Karadzic e Mladic deveriam estar igualmente presos.
Ante Gotovina, de 50 anos, encontrava-se em paradeiro desconhecido desde 2001, quando foi acusado de crimes contra civis de etnia sérvia cometidos durante a guerra de independência da Croácia, na antiga federação jugoslava (1991- 1995).
Em concreto, é acusado de responsabilidade nos crimes cometidos durante a ofensiva em que o exército croata reconquistou, em 1995, o território em que a minoria sérvia tinha proclamado a sua «República Sérvia Krajina».
Gotovina foi um dos principais comandantes da operação e é considerado um herói nacional por muitos dos cidadãos do seu país.
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