As 13 famílias que estavam sem energia eléctrica há mais de um mês, alegadamente por culpa do construtor, viram o fornecimento ser restabelecido pela EDP, na sexta-feira, a tempo da ceia de Natal.
O Tribunal de Guimarães deu provimento à providência cautelar interposta pelos moradores, no sentido de obrigar o construtor a pagar a factura em dívida à EDP, enquanto corre a acção principal, destinada a exigir à Carfarco que a obra seja acabada. "Algumas famílias pretendiam passar o Natal nos apartamentos e, felizmente, acabaram por poder fazê-lo", disse, satisfeito, José Jorge Oliveira, um morador.
As famílias que habitam o mais recente prédio situado nas Teixugueiras, freguesia de S. Miguel, estiveram sem energia eléctrica durante mais de um mês, depois de as facturas deixarem de ser pagas pelos moradores, na tentativa de pressionar o construtor a acabar a obra, nomeadamente a instalar os contadores individuais de electricidade. Por falta de pagamento, a EDP cortou a energia fornecida aos apartamentos através do contador de obras. Até que seja conhecida a decisão judicial relativamente à acção principal contra a construtora, os moradores continuarão a ser servidos pelo contador de obras. "Aguardamos que a situação seja totalmente regularizada junto da EDP e que seja efectuada a ligação do ramal para podermos proceder à instalação de contadores individuais", acrescentou. Além disso, recorda, os moradores exigem que a empresa "acabe as paredes e resolva os problemas de infiltrações de água". Refira-se que, devido à existência de uma nascente nas proximidades do local onde está implantado o prédio, as garagens ficaram completamente inundadas, durante mais de um mês. As bombas ali colocadas para extrair a água estiveram paradas devido à falta de energia eléctrica, pelo que só com a acção dos Bombeiros de Vizela, que estiveram no local durante todo o dia de quinta-feira, foi possível retirar a água que se infiltrou, destruindo bens ali guardados pelos proprietários.
No processo judicial intentado contra a empresa, os moradores acusam também a Câmara Municipal de Vizela de ter emitido as respectivas licenças de habitabilidade sem que as obras estivessem terminadas. A autarquia, por seu lado, rejeitou, entretanto, quaisquer responsabilidades, escudando-se numa declaração assinada por um engenheiro da obra que garante que os trabalhos estão terminados.
Fonte: JN
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