O silêncio não é o nosso dever. Do que se vai lendo nos blogues da linha da frente da guerra sistémica em curso e na amplificação nos media tradicionais, o poder socialista semeou ventos totalitários para varrer a independência da justiça e arrisca-se a colher, mais tarde ou mais cedo, a tempestade democrática. Finalmente, há uma reacção do poder judicial contra a dependência imposta pelo governo e parlamento socialistas, acolitados pelas antenas sistémicas das mesmas irmandades e negócios noutros partidos.
Perante a debilidade dos partidos da oposição formal, mais entretidos a tratar de proteger negócios e posições remanescentes das suas oligarquias, o poder socialista pretendeu o domínio total do Estado, entortando o já obsoleto modelo de democracia representativa para a prática da ditadura da corrupção moral do Estado.
O Estado é corrompido pelo nepotismo e fisiologismo oficiais, pela protecção dos criminosos entalados nos mais sórdidos crimes, pela violação dos direitos dos cidadãos outrora livres (de que a liberdade de expressão é o sinal), pela promiscuidade com os media dependentes da publicidade, do salário e do subsídio.Embora obsoleto - perante a evolução tecnológica e a ânsia de democracia directa dos cidadãos descontentes -, o modelo da democracia representativa exige pluralismo político e representatividade social, divisão dos poderes e primado do Direito. Na prática, hoje, em Portugal, nada disto temos.
Não há um verdadeiro pluralismo político com representatividade social, pois os partidos e os órgãos de comunicação social, apenas se distinguem por diferenças de grau de adesão a um modelo de Estado Social, ele próprio também vítima da obsolescência tecnológica e económica - com a excepção, ideológica, do Partido Comunista que destoa do consenso sistémico burguês mas está mais preocupado com a sustentação de posições no Estado e autarquias -, enquanto concordam nas questões duras de regime. Os membros do sistema limitam ainda o acesso ao poder através de leis eleitorais restritivas das candidaturas independentes que poderiam refrescar o sistema e da instituição de controleiros que fazem aprovar nos partidos, em comissões obedientes, os candidatos oficiais para as candidaturas disponíveis. Os eleitores, chocados com os péssimos resultados da condução do País, apenas podem escolher mais dos mesmos. A representação popular está a cargo de uma casta política endogâmica, mais ou menos incompetente, que defende a sua classe em vez de representar os eleitores. Para governar, disfarçando o analfabetismo científico - nas chamadas áreas técnicas - montam-se em serventuários fiéis aos benefícios de carreira, agradecidos pela deferência e acesso aos benefícios marginais dos sistema, e em editores e jornalistas, gratos por lhes manterem o salário, na espera da benesse de um cargo político que premeie os anos de serviço diligente.
Não há separação real dos poderes porque o poder socialista - na refrega do caso de pedofilia da Casa Pia e de casos de corrupção -, que assume o governo e domina o parlamento, conseguiu o controlo directo e imediato, até agora aparentemente consentido, do poder judicial, imposto através da punição político-mediática-administrativa dos desobedientes, a escolha de fíéis, o e a perseguição de autonomistas, inclusive com a ameaça ostensiva e pública e concretização da mudança da lei para garantir a subalternidade e o cúmulo do aggiustamento desavergonhado de processos críticos.
Não há primado do Direito porque a lei pesada para os simples não é a mesma com se aliviam os poderosos. Não só a aplicação da lei conhece a inclinação da balança do poder, como até se chega a promover regimes de excepção para os poderosos.É face a esta usurpação do Estado pelo poder socialista que se percebe, agora, a reacção do poder judicial. É que, em rigor, já não vivemos numa democracia representativa. Sofremos a ditadura socialista.
https://lexfundamentalis.blogspot.com/2006/12/ditadura-socialista.html?showComment=1165242600000#c116524261606830003'> 04 dezembro, 2006 14:30
Grato pela citação.
Mas, acredite, o eco da nossa desgraça torna-a ainda mais dura.