A ideia não é de Lewis Carroll, é do prof. Boaventura Sousa Santos. O ministro Alberto Costa apenas a levou a sério. Num estudo dirigido em 2001 pelo guru da luso-sociologia, faz-se a seguinte proposta "inovadora" "Admite-se a entrada para a magistratura, de forma gradual, de não-licenciados em Direito (…)".
Isto após 10 meses para adquirirem "conhecimentos técnico-jurídicos gerais".
Imagino o ministro lendo o prof. Boaventura (como o frasco de Alice, o rótulo do estudo diz: "Bebe-me!") e cogitando com os seus botões e os seus assessores: "Não está mal lembrado". Foi assim que veio agora anunciar ao país que pensa pôr não-licenciados em Direito a fazer julgamentos e a dar sentenças nos tribunais (cuja função constitucional é a de aplicar o Direito).
Teremos, pois, arquitectos a julgar e a perorar sobre Direito Penal, farmacêuticos a produzir jurisprudência em Direito Administrativo, licenciados em Educação Física e Desporto a dar despachos saneadores e provavelmente o prof. Boaventura de toga a presidir ao Supremo.
Em contrapartida, ninguém se admirará se, sempre em nome da "diversidade de formações", encontrar um jurista a operar hérnias discais num qualquer hospital após 10 meses a obter "conhecimentos médicos gerais".
In JN
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