Todos sabemos que os blogs são hoje um meio de (des)informação pública.
O aumento do número de pessoas que navegam na net aumenta a cada dia que passa.
Contudo, nem todos, mormente álguns - e são muitos - políticos, desejam que o "povo" pense por si, envergando um raciocínio de subsunção que lhes permita ter opiniões inovadoras ou não.
Existem blogues para todos os gostos e temas.
Existem os blogues de informação e os da contra-informação.
Mas, porquê falar de blogues!?
Certo dia decidi criar um blog, o Lex Legum o qual posteriormente alterei para o que hoje se vê.
A minha intuição era informar o público com temas de interesses, quase na sua totalidade virados para a justiça.
Para mim um blogue modelo, pela sua perspicácia e sagacidade intelectual é o blogue do Verbo Jurídico.
Por norma na blogosfera pesquiso maioritariamente blogues sobre o tema, claro está, justiça. Mas também, daqueles que contra-informam blogues cujos Autores se identificam convenientemente sem esconder a face, o que não acontece com os medíocres.
O líder da contra-informação é o Câmara Corporativa.
Não escrevo este post para defender o Verbo Jurídico, e lá está, o Mmº Juiz Joel Timóteo.
Quem sou eu perante a sua sapiência. Nem da minha ajuda precisa para se defender, pois muitissimo melhor o saberá fazer. Não fosse eu um mero Oficial de Justiça, ainda meio da licenciatura em Direito (a frequentar o 3º ano).
Mas, face ao ataque que ultimamente o Câmara Corporativa lhe vem dirigindo é de todo relevante dois comentários deixados num desses posts.
E eu que nem sou curioso, desejava saber quem é o administrador do blogue Câmara Corporativa, que se apresenta como Miguel Abrantes. Nomeadamente de que vive. Para quem trabalha. Para o Governo? O que faz?
.
Assim, infra transcrevo os comentários como supra referi:

«Rui Salvador disse...
Não há dúvida que o Abrantes é um génio.Para disfarçar o que se passa pelo gabinete do seu patrão MJ e das nomeações que ele vai fazendo quase diariamente, sobretudo para amigas da rua, que ele bem conhece (não me perguntem pelos favores que terá obtido), debita aqui ciclicamente as suas ofensas na esperança de provocar directamente os visados a fazerem o seu jogo. Foi assim já com tantos juízes que lhe perco a conta. E quando a coisa está torta para o seu lado (o do MJ), cá volta ao seu ciclo. Rapa os fundos das caixas de comentários, rapa posts com cinco meses e rapa os blogs de pessoas que dão a cara e não deixam de pôr o seu nome nas opiniões que emitem, ao contrário do Abrantes que não sabemos quem é, nem que interesses de quem prossegue, vivendo assim no anonimato do pseudónimo que pensa protegê-lo (até um dia).
Ele é o vestido da juiz que foi à inauguração de uma casa comercial, é a Mónica dali, o Gouveia dacolá, o Timóteo do sítio que sempre teve, etc. etc. etc. e sempre assim ciclicamente.
Estás a precisar de tratamento. Não sou da área da justiça, mas enoja-me esse teu constante trauma, esse teu ódio, que mais não deve ser que um problema mental que te atormenta desde os tempos em que foste violado em criança.
Percorri os escritos do juiz Gouveia e fiquei impressionado como ele consegue ser independente no meio de uma casta de parasitas como é a Madeira. E se dá razão aos cidadãos de lá, contra a administração de cá, isso é porque tem tomates, tem coragem. Isso é de louvar num juiz. Percorri também os escritos do juiz Timóteo e só posso enaltecer a sua honestidade intelectual, a sua sensatez, e a forma tão clara como explica coisas que para mim, leigo no direito, me traz uma luz que tu e o polvo da comunicação social afecta aos teus patrões querem enublar.Pois é, Abrantes. Com escritos destes, só te descredibilizas ainda mais.
Vê lá contudo se não patinas.
É que uma coisa é quando atacas um grupo sem rosto. Mas quando passas para o ataque traiçoeiro de pessoas bem identificadas, arriscas-te um dia a ter um grande dissabor. Olha que quem - como tu - pensa que hoje está na mó de cima, amanhã pode estar debaixo da ponte. Vai tratar-te.

António, de Abrantes mesmo disse...
O CÃMARA CORPORASTIVA é um blogue muito cá da casa. Não porque se distinga, no essencial, da maioria dos outros blogues de paus mandados do governo quanto aos fins que prossegue, mas porque “faz política” sempre contra os juízes, na feliz expressão de Paulo Gorjão, em estado bruto.
Parece, à primeira vista, uma página insípida (e cinzenta): o Autor arrasta-se penosamente por vários blogs e jornais à cata de notícias e artigos de opinião que dêem alento à corporação de corruptos e pedófilos que está no poder, reproduzindo-os mecanicamente como se estivesse a pôr carimbos atrás de um balcão.
Mas uma análise mais fina permite divisar o engenho do Autor. Ninguém faria melhor uma tão criteriosa selecção de notícias; a escolha dos títulos é trabalhada com o requinte de um ourives; há uma ironia subtil, quando se atreve a escrever pelo próprio punho, que prende a atenção do leitor e o conduz, sem o violentar, à moral da história, na qual palavras sábias lhe revelam a luz. Não é favor reconhecer que uma agência de comunicação não prestaria um serviço melhor, ainda que se admita que nem sempre a simplicidade da escrita acompanha devidamente a fluidez do raciocínio, compensada porém pela circunstância de o Autor, não raras vezes, não se deixar intimidar pelas minudências da lei.
Dir-se-ia, em futebolês, que o Autor Miguel Abrantes não está talhado para jogar nas áreas, porque não é um homem para meter golos na baliza adversária — e porque as suas características não aconselham a que ande pelas imediações do guarda-redes da sua equipa. Um autogolo pode destruir uma carreira.
Estamos, na verdade, em presença de um trinco — um carregador de piano. Não um daqueles que chuta para onde está virado, mas de um trinco moderno, da escola de Paulinho Santos, que tanto afasta a bola com os pés como se desembaraça dos adversários com os cotovelos.
Um autêntico pivot do meio-campo, na expressão dos entendidos, com cultura táctica e capacidade técnica suficientes que lhe permitem endossar a bola a um companheiro que esteja a cinco metros de distância (com uma eficácia do passe garantidamente superior a 47 por cento). Que é o mesmo que dizer que o Autor, não raras vezes, recorre — em especial quando o Correio da Manhã não cumpre as suas funções didácticas — à transcrição de posts de outros insignes colegas. E quando a produção jurisdicional na blogosfera não está de feição, o Autor vai à luta, rapando o fundo das caixas de comentários dos blogues amigos da corporação.
É esse espírito de missão, de quem está sempre de sentinela, que cumpre exaltar.
Se ainda não está convencido, caro leitor, de que não pode prescindir de acompanhar os pensamentos virtuais do blogger Miguel Abrantes, deixamos-lhe, em próximos posts, alguns nacos da prosa com que, diariamente, nos alimenta a alma.»
edit post

Comments

1 Response to 'Da contra-informação aos ataques à pessoa'

  1. verbojuridico.net
    http://lexfundamentalis.blogspot.com/2006/05/da-contra-informao-aos-ataques-pessoa.html?showComment=1147740960000#c114774098030565554'> 16 maio, 2006 01:56

    Caro João Carlos:
    Agradeço a sua consideração e amabilidade.
    O seu blogue também consta da minha relação de visita diária. Por aquilo que o mesmo é, pela visão de quem é oficial de justiça e que, também por isso, me merece especial consideração.
    Uma vez o dito blog que cita fez um ataque pessoal e "ousei" fazer um esclarecimento de reposição de verdade. O esclarecimento foi logo tornado objecto de escárnio, maldizer e injúria. Por isso, retirei o dito blog da minha relação de leitura. Pelo que li neste seu post, a linha editorial mantém-se a mesma.
    O objecto talvez seja o de impulsionar a jogar o jogo de quem administra esse blogue. Mas isso seria baixar de nível. Por isso, embora reconhecido pelo seu post, creia-me que não vou exercer qualquer "direito de defesa", pois seria sempre subjectivo. Os seis a sete milhares de visitas diárias do Verbo Jurídico são a razão de ser da sua existência, da sua manutenção e da sua permanência. É para mim uma honra e privilégio poder compartilhar com essa massa diária de utilizadores aquilo que também considero importante para mim. E honra maior pela preferência constante ao longo destes oito anos (sim ontem, 15 de Maio, foi o 8.º aniversário do verbojuridico).
    São esses milhares de visitas diárias que são também a minha "defesa" contra tais ataques infundados. Porque quando deixarem de ser, também deixa de ter qualquer razão a permanência do verbojuridico.
    Bem-haja.