A defesa dos arguidos condenados esta terça-feira pelo Tribunal da Boa Hora a 23 e 19 anos de prisão pela morte do agente da PSP Ireneu Dinis anunciou a intenção de recorrer do veredicto.
António Pinto Vaz, advogado de Euclides Tavares, que foi condenado a 19 anos de prisão, afirmou estar «indignado», mas «não surpreendido», com a sentença, alegando que «a livre convicção do tribunal tem limites».
Segundo o causídico, a «prova é meramente indiciária» e, reafirmando a «inocência» do seu cliente, disse pretender recorrer do acórdão.
Maria Cecília Ferraz, advogada oficiosa de Luís Carlos Santos, condenado a 23 anos de prisão, anunciou que ainda não leu o acórdão, mas que o seu cliente «vai querer recorrer».
Alegando não poder emitir opinião no caso concreto, a advogada oficiosa disse contudo que, em abstracto, a pena aplicada tem a sua concordância, porque «não se pode pensar com ligeireza num crime de sangue» e, neste contexto, o tribunal «não foi muito duro na determinação da condenação».
Guedes de Almeida, advogado dos familiares do falecido agente da PSP, declarou aos jornalistas que a família de Ireneu Dinis se «conformou com a punição» aplicada aos dois arguidos.
Sublinhou também que «a indemnização fixada em 50 mil euros, apesar de estar abaixo do pedido cível, não era a principal motivação» da família de Ireneu Dinis neste julgamento.
O agente da PSP Nuno Saramago, que sofreu ferimentos ligeiros no tiroteio que vitimou Ireneu Dinis, limitou-se a dizer que «se fez justiça».
Os arguidos foram condenados a pagar-lhe uma indemnização de 3.740 euros.
Na sessão da leitura do acórdão estiveram presentes o irmão e a irmã de Ireneu Dinis, que não quiseram prestar declarações, bem como aquela que era a namorada do agente da PSP à data dos factos, a 17 de Fevereiro de 2005.
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