O chefe de Estado-Maior do Exército, general Valença Pinto, prometeu ontem, em Tancos, dar um novo fôlego às tropas pára-quedistas, através do emprego de helicópteros, que, garantiu, vão chegar ao ramo terrestre das Forças Armadas no âmbito da revisão da Lei de Programação Militar.
Valença Pinto fez esta promessa no discurso que marcou as cerimónias dos 50 anos das tropas pára-quedistas, na Escola de Tropas Pára-quedistas, em Tancos, a casa-mãe dos "boinas-verdes", onde milhares de antigos militares rumaram para festejar a data.
Da mesma forma, Valença Pinto anunciou o fim da de-signação de forças aerotransportadas para voltar a ser conhecida por pára-quedistas, o nome de origem quando a força foi criada em 1956 enquadrada na Força Aérea, depois de a chefia do Exército de então não ter reconhecido interesse à nova unidade.
No entanto, se bem que esta última informação tenha sido recebida com agrado, já a questão dos helicópteros foi rodeada de cepticismo, uma vez que o processo de aquisição das aeronaves já dura há vários anos sem resultados aparentes.
Questionado pelo JN sobre o programa de aquisição, Valença Pinto explicou que "estão previstos dez helicópteros médios e nove ligeiros, que poderão ser armados". Eventualmente, estar-se-á perante o prosseguir do programa NH-90 e pela aquisição de uma aeronave ligeira, que ainda não está definida.
As aeronaves serão mantidas no Grupo de Aviação Ligeira do Exército (GALE), que, no âmbito da reestruturação do Exército em curso, passará a chamar-se Unidade de Aviação Ligeira do Exército (UALE), dando apoio directo à Brigada de Reacção Rápida (BRR), onde surgem integrados os pára-quedistas.A BRR, que substitui a antiga Brigada Aerotransportada Independente (BAI), surge, no entanto, praticamente na mesma orgânica aquando da transferência dos pára-quedistas da Força Aérea para o Exército, em 1994, com dois batalhões de infantaria, acrescidos com um esquadrão de reconhecimento.
Para trás ficaram um terceiro batalhão de infantaria, o grupo de artilharia de campanha, a companhia de artilharia antiaérea, reduzida a um pelotão, e o batalhão de apoio e serviços - substituído pelo batalhão aeroterrestre -, que tinham sido criados pelo próprio Exército.
Os comandos irão também integrar a BRR - assim como as operações especiais -, mas mantendo apenas duas companhias, tal como o general Valença Pinto confirmou ao JN, recusando a hipótese de a força crescer para batalhão.
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