Os números da Polícia Judiciária confirmam o "carjacking" (roubo violento de viaturas) como um dos novos fenómenos criminais da actualidade. Não é por acaso que, entre 2003 e o ano passado, triplicaram os casos registados a nível nacional, passando-se de 103 para 330 ocorrências. Em 2005, aquele método tinha sido verificado em mais de 14% do total de crimes de roubo investigados pela força policial (2327).
Para explicar o aumento daquele tipo de criminalidade, a PJ destaca os cada vez mais sofisticados sistemas de segurança das viaturas, principalmente os cartões codificados, alarmes e sistemas de bloqueio. O roubo dos veículos com os condutores no seu interior torna-se assim mais "simples" e eficaz do que o vulgar furto. O "fenómeno das subculturas juvenis representadas no consumo de jogos de vídeo e de filmes, com incitação à violência urbana" é outra das causas apontadas.
De acordo com os dados difundidos pela força policial, 74,5% dos crimes do género registados no ano passado foram perpetrados com recurso a armas de fogo. A via pública tem sido o cenário privilegiado pelos assaltantes (56%), sendo que o maior número de ocorrências se verifica nas áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa. Em pelo menos 10% das situações, as vítimas foram levadas sob sequestro a caixas Multibando e em 7,2% dos casos o roubo foi feito através do bloqueamento da via. Os assaltantes actuaram na maior parte das vezes (75%) em grupos de dois a quatro e terão idades entre os 21 e os 30 anos.
Segundo o JN apurou, o destino das viaturas roubadas (as marcas "preferidas" são Audi, Mercedes e BMW) é variável. Tanto podem ser usadas para a prática de outros assaltos ou exportadas para o mercado estrangeiro, designadamente Norte de África, num cenário de tráfico e viciação de automóveis topo de gama.
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