O sociólogo António Barreto critica o facto da corrupção ter ficado de fora do pacto sobre justiça assinado entre o PS e o PSD. O ministro da Justiça não comenta.
O investigador admitiu não ser adepto de entendimentos entre os dois principais partidos. Ainda assim, considera que o combate à corrupção é uma das matérias em que seria necessário um acordo entre PS e PSD.
"Um eficaz combate à corrupção, um combate severo exige leis, exige mecanismos, exige polícia, exige qualificação, exige competência e exige também uma espécie de convergência entre os principais partidos, porque se é só um que o faz hoje, o que vem a seguir vai desfazer, no seu próprio interesse. Sobre este assunto achava que o pacto entre os dois partidos devia ter-se debruçado e devia ter-se proposto ou previsto alguns mecanismos, algumas leis no combate à corrupção", afirmou o especialista.
Já o ministro da Justiça prefere não comentar o facto da corrupção não estar abrangida pelo Pacto de Justiça e preferiu também não prestar esclarecimentos sobre um estudo de corrupção, que ficou por fazer no Ministério Público por falta de verbas.
Alberto Costa lembrou apenas que as prioridades de investigação criminal serão conhecidas em Abril do próximo ano.
"Foi aprovada na Assembleia da República uma lei-quadro da polícia criminal. Esta prevê que anualmente seja apresentada no hemiciclo uma iniciativa, e deve sê-lo até 15 de Abril, que proponha uma definição de prioridades para o combate ao crime. Agora é só esperar pelo próprio tempo para se ficar a saber o que o Governo pensa sobre esta matéria", afirmou o governante.
O ministro falava à margem da sessão de abertura do Curso Normal de Formação de Magistrados.
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Comments

1 Response to 'Justiça: As críticas de um sociólogo'

  1. josé
    http://lexfundamentalis.blogspot.com/2006/09/justia-as-crticas-de-um-socilogo.html?showComment=1158367140000#c115836715884198519'> 16 setembro, 2006 01:39

    O sociólogo António Barreto exige tudo e depois recomenda a sério que sejam proibidas todas as escutas telefónicas...
    Enfim.