A corrupção está-se a tornar num tema central e incontornável do debate público.

A não inclusão de uma vertente de luta contra a corrupção no recente pacto para a justiça celebrado entre os dois maiores partidos deixa lugar a dúvidas, indagações e perplexidades como refere Eduardo Dâmaso em editorial do Diário de Notícias.

A falta de atribuição de verbas para essa luta está a paralisar as iniciativas que já estavam no terreno, algumas em fase já muito adiantada, como explica Cândida Almeida no Jornal de Notícias.

Os dois maiores partidos parecem empenhados em liquidar os “privilégios corporativos” das magistraturas (estatuto da jubilação, subsídio de residência) e em condicionar fortemente o acesso dos magistrados aos tribunais superiores, tão preocupados que fazem disso tema central do referido pacto.

Mas deixam de fora duas questões candentes: a nomeação do futuro Procurador-Geral da República e a luta contra a corrupção.Estranhas e polémicas prioridades – a política entra claramente no campo da psicanálise.
In Informática do Direito