Os protestos militares contra o Governo provocaram, em pouco mais de um ano e meio, 52 processos disciplinares. Doze já culminaram mesmo em penas de detenção, mas inconformados com a decisão das chefias militares, os profissionais das Forças Armadas recorreram das punições e até agora, venceram todas as batalhas nos tribunais civis.
O caso mais recente foi o do sargento Diamantino Gouveia, punido com cinco dias de detenção, que na passada sexta-feira viu o Tribunal Fiscal e Administrativo de Almada dar-lhe mais uma vez razão. Após receber as explicações do Ministério da Defesa sobre o caso, o Tribunal decidiu que o militar deve aguardar em liberdade o fim do processo. Um desfecho igual ao dos 11 sargentos da Força Aérea, também punidos com penas de detenção por passearem nas ruas da Baixa lisboeta, num protesto intitulado ‘O passeio do descontentamento’. O presidente da Associação Nacional de Sargentos, António Lima Coelho, foi um dos militares punidos e desde o início dos protestos já foi alvo de três processos disciplinares. “Se desistirmos estamos a assumir culpas que não temos”, afirmou ao CM Lima Coelho. A interferência dos tribunais civis nas decisões militares causou mal-estar nas Forças Armadas e o Governo já está a estudar algumas hipóteses para impedir que tal volte a acontecer.
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